top of page

Brasil! Como está nossa eficiência energética no Transporte de Cargas?

  • Foto do escritor: Kauã Abrahão
    Kauã Abrahão
  • 17 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Duas das maiores agências focadas em energia sustentável do mundo, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e a IEA (Agência Internacional de Energia) unem-se anualmente, para produzir o que elas chamam de "Atlas de Eficiência Energética Brasil".


Como ainda não se têm acesso ao documento de 2024, hoje iremos comentar sobre o produzido em 2023, que analisa e compara dados de 2022 com outros anos. O Atlas de Eficiência Energética Brasil 2023 é um documento incrível para quem deseja aprofundar-se melhor no tema da energia sustentável brasileira. Ele possui vários outros focos, além do de transporte de cargas, que será aqui tratado. Recomendamos para todos a leitura!


Recuperação do Mercado de Caminhões

Durante o início da pandemia, nos primeiros meses de 2020, o transporte de cargas, especialmente por caminhões, sofreu um impacto significativo. No entanto, a resiliência do setor permitiu uma recuperação rápida, encerrando o ano com um crescimento de 5,8%.


Em 2021, o mercado brasileiro de caminhões mostrou uma forte recuperação, impulsionada pela retomada da atividade econômica e pelo bom desempenho dos setores agropecuário, de mineração, construção civil e comércio eletrônico. Em 2022, a demanda por caminhões permaneceu alta, no entanto, a escassez de semicondutores causou paralisações nas fábricas, afetando a produção de caminhões.


Eficiência Energética e Adoção de Novas Tecnologias


A introdução de novas fases do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) incentivou a adoção de motores mais eficientes. Em 2022, a eficiência energética dos novos veículos melhorou, especialmente nos semileves e médios, com destaque para as vendas iniciais de versões elétricas. A eficiência no setor aumentou 0,6%, refletindo avanços em todas as categorias.


Demanda de Óleo Diesel e Biocombustíveis


A demanda por óleo diesel por caminhões cresceu 2,8% ao ano entre 2000 e 2019. Apesar da pandemia, que reduziu a produção industrial e o consumo, a demanda de óleo diesel rodoviário caiu apenas 1,0% em 2020, mas cresceu 9,3% em 2021 e 2,8% em 2022. A partir de janeiro de 2022, a comercialização de biodiesel entre produtores e distribuidores passou a ser feita por negociação direta, extinguindo os leilões. O percentual obrigatório de mistura de biodiesel no óleo diesel foi de 10% durante todo o ano de 2022, com um consumo de biocombustível 6,4% menor em relação ao ano anterior.


A Matriz Energética do Setor de Transportes


O setor de transportes é o maior consumidor de energia no Brasil, seguido pelo setor industrial. A alta intensidade energética dos transportes é devido à dependência do modo rodoviário. O crescimento do transporte de cargas, juntamente com o aumento do transporte rodoviário individual por automóveis no pós pandemia, elevou a demanda energética. A mobilidade total ainda não se recuperou completamente, influenciada pelo trabalho híbrido e pelas taxas de desemprego e subemprego relativamente altas.


Considerações Finais


Embora o mercado de caminhões elétricos e híbridos apresente grande crescimento nos últimos, ele ainda possui uma gigantesca avenida de evolução, tendo em vista que o mercado de transportes em geral, cresce rapidamente no Brasil! Como empresa, queremos aumentar ainda mais o crescimento dos hibrídos no Brasil, para que em alguns anos possamos estar aqui noticiando este mesmo atlas, com um baixo percentual de veículos movidos por combustíveis fósseis.



Comments


bottom of page